O Workshop é a terceira atividade de um ciclo de capacitações técnicas fornecidas pela UFZ e facilitadas pelo ICLEI
Artigo originalmente publicado no site do ICLEI América do Sul
Para entender os desafios e oportunidades dos governos locais e valorizar os serviços que a natureza pode oferecer, é importante conhecer os indicadores ambientais e como eles podem auxiliar neste caminho. Neste contexto, o ICLEI América do Sul, em parceria com a UFZ (Centre for Environmental Research), organizou um Workshop sobre Indicadores de Serviços Ecossistêmicos, realizado no Parque das Mangabeiras em Belo Horizonte nos dias 29 e 30 de outubro, no âmbito do projeto INTERACT-Bio. O Workshop é a terceira atividade de um ciclo de capacitações técnicas fornecidas pela UFZ e facilitadas pelo ICLEI – anteriormente foram realizados dois webinars, um para todos os associados da Rede e outro preparatório para o workshop exclusivo para as Regiões Metropolitanas participantes do projeto. Representantes das Regiões Metropolitana de Belo Horizonte, Campinas e Londrina, além de representantes da UFZ, do ICLEI e do Ministério de Desenvolvimento Regional, participaram dos dois dias com a intenção de se capacitarem sobre como gerir as áreas verdes em suas regiões. No primeiro dia do evento, o foco se manteve na introdução aos serviços ecossistêmicos e qual a forma mais efetiva de determinar e utilizar seus indicadores na administração das cidades, incluindo quem seria responsável por levantá-los e quem de fato os utilizaria. Já no segundo dia, os representantes aprenderam qual a melhor forma de identificar esses indicadores e selecionar aqueles que são mais relevantes.
Abaixo, veja o que os representantes das cidades acharam sobre o tema e a oficina:
“Com relação à oficina, tínhamos uma grande expectativa para esse processo de formação, conhecimento e aplicação dessa proposta de Serviços do Ecossistema, pensar em elementos-chave que nos ajudem nessa questão do monitoramento e até na implementação de possíveis ações e avaliações futuras. Entendemos que essa é uma perspectiva nova sobre os serviços ambientais, então a presença dos indicadores é fundamental para entendermos e monitorarmos; um processo que temos percebido como necessário é que para o convencimento de gestores de diversas áreas que não naturalmente trabalham com o meio ambiente, é importante que tenhamos elementos de convencimento para aplicação, então pensarem soluções baseadas na natureza, pode ajudar a lidar com esses gestores”. Dany Silvio Amaral, Gerente de Ações para a Sustentabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte. “Esse workshop está sendo fantástico especialmente porque Londrina está buscando uma adequação de seus indicadores, para que eles sejam mais transversais. Atualmente temos indicadores ambientais que são meramente quantitativos, por exemplo o número de árvores que são plantadas anualmente, que não trazem o aspecto da importância da biodiversidade e da relevância dos Serviços Ecossistêmicos. Como tivemos a revisão do plano diretor recentemente, estamos trabalhando em planos de ações e investimentos, de forma que estejam interligados para que possamos direcionar nossos investimentos no que realmente vai trazer um impacto social, ambiental e econômico; assim, está sendo extremamente importante esse compartilhamento de experiências.” Roberta Queiroz, Assessora de Políticas Sustentáveis e Integração Metropolitana. “Participamos do projeto INTERACT-Bio que atua na Região Metropolitana de Campinas, dando suporte e avançando nas questões do nosso projeto RECONECTA RMC. Participar dessa oficina nos traz uma abordagem diferente da que temos lidado até então, que é a questão dos Serviços Ecossistêmicos, e como podemos utilizar a avaliação e o conhecimento sobre estes serviços na definição do traçado da nossa linha de conectividade para a região metropolitana. Essa reflexão ajuda a pensar quais são os serviços que temos hoje e os serviços potenciais para o futuro, nos fazendo pensar sobre esses serviços e no trabalho que temos feito até então, mas considerando os indicadores que queremos utilizar para monitorar e repensar o projeto e para redefinir nossos próximos passos.” Ângela Guirao, Diretora do Departamento do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Campinas.
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